segunda-feira, 11 de março de 2013

Grupo Teatral Craq´Otchod é Prémio de Mérito


O Grupo Teatral Craq´Otchod, da zona da Ribeira de Craquinha em São Vicente, foi escolhido na Assembleia da Mindelact para receber o Prémio Mérito Teatral 2013. A distinção será entregue no próximo dia 27 de Março, Dia Internacional do Teatro.
A companhia nasceu em Julho de 2008, em São Vicente, no âmbito do projecto cultural “GrinheCim”, fruto de uma parceria entre La Casa delle Arti e dei Mestieri promovida por uma rede de associações italianas e algumas congéneres e instituições locais.
O grupo está ligado umbilicalmente à comunidade periférica de Ribeira de Craquinha, em parte porque os seus elementos moram nesta zona, mas também porque esta formação teatral integra as actividades promovidas pelo Centro de Protagonismo Juvenil local.
“Craq´Otchod” tem a particularidade – e este foi o seu trunfo para a atribuição do Prémio Mérito Teatral – de ter uma forte componente social. “O grupo não tem como único objectivo a realização de espectáculos. O seu trabalho é essencialmente baseado num contínuo intercâmbio e confronto entre os seus participantes. A força do grupo assenta no desenvolvimento duma experiência de auto-organização e participação activa que sai da cena para contagiar a vida de cada um”, escreve o actor Fonseca Soares, em reacção a esta escolha.
Para este “colega de profissão” com mais anos de palco,, por tudo isso, “Craq´Otchod” tornaram-se numa espécie de família de gente que gosta do teatro… que se preocupa com a exclusão e os problemas sociais... e escolheu o teatro como terapia, uma forma de afirmação e de luta para a integração e participação dos menos privilegiados”.
O trabalho deste grupo é, em suma, “uma espécie de teatro como instrumento para descobrir as infinitas possibilidades do ser e em particular do próprio corpo. Para partilhar e difundir confiança, construir ligações e favorecer a cooperação, estimulando a auto-consciência de cada pessoa e a abertura para os outros, no sentido do desenvolvimento da comunidade”.
Mas, sobretudo, de agentes teatrais que pensam e fazem o teatro com o que têm à mão, ultrapassando todas as dificuldades. Aliás criando e recriando a partir do quase nada.
Fonte: asemana.publ.cv

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