sexta-feira, 17 de maio de 2013

Renato Lopes, 31 anos, actor do Grupo Teatral Craq’Otchod


Renato Lopes, 31 anos, actor do Grupo Teatral Craq’Otchod  conta ao NN como o Teatro lhe salvou a vida. O entrevistado que residia na zona de Rª de Craquinha entra no mundo da encenação por coincidência. Esta coincidência fez do Renato um dos actores do Grupo Craq’Otchod distinguindo-o pelo trabalho que tem realizado a nível da interpretação e criatividade e foi vencedor do Prémio de Mérito Teatral 2013.
Renato ingressa no Teatro de pára-quedas, objecto este que protege do impacto na aterragem. Para Renato, serviu de protecção contra os maus caminhos que a vida oferece. “Estava desempregado e todos os dias tinha o hábito de me sentar nas ruas de Rª de Craquinha e, algumas vezes, consumia álcool para passar o tempo que teimava em ser o meu pior inimigo”. O jovem actor diz que na tentativa de ocupar o seu tempo livre, por acaso foi à porta do Centro de Protagonismo Juvenil da Ribeira de Craquinha, espaço onde os grupos de Teatro ensaiam e preparam as suas apresentações e foi perturbar um ensaio teatral. Foi assim que o encenador do Grupo Teatral Novos Amigos o convidou a entrar, grupo no qual iniciou a sua carreira de actor. A partir deste convite, Renato refere que “apaixonei-me pelo Teatro que me salvou do desespero de não fazer nada durante o dia”.
Desta forma, Renato continuou apaixonado pelo Teatro e fez uma formação de 2 anos com as formadoras italianas, Verónica e Martina. Desta formação surgiu o Grupo Craq`Otxod, onde começou a ter uma maior participação no Teatro, transformando-se a paixão de Renato em amor; a partir de então “tive a certeza que queria ser actor de Teatro.” Para consolidar o seu amor e continuar na luta árdua que o mundo da encenação exige, resolveu inscrever-se no 14º curso de iniciação teatral do Centro Cultural Português instituto Camões, onde está a frequentar o 2º ano.
Renato diz que “um dos meus objectivos é realizar workshops, dar formação logo que me sentir preparado e chamar a atenção para os que podem ser salvos pelo Teatro” e, assim, dá a cara fora dos palcos para que jovens e adultos possam ver que existem formas de passar o tempo com o Teatro que poderá transformar-se na razão de viver. Acrescenta que “o Teatro é uma terapia para mim” e quero convidar as pessoas a usufruir dessa terapia, seja como actor ou como espectador.

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